terça-feira, março 29, 2011

Flores da Saudade




Amigos, estava ansiosa por outro contato para dar continuidade ao programa de estudo que estamos fazendo sob a orientação da Dra. Marlene Nobre, mas antes quero conversar um pouco sobre leituras breves que cabem num pequeno intervalo entre uma tarefa e outra. Estou lendo “Quem tem medo da Morte?” de Richard Simonetti e estou  impressionada com a leveza com que ele explica assuntos de abordagem difícil,  em linguagem clara,  de modo positivo, accessível a todas as idades.
Vejam este capítulo aqui, copiei pra vocês como exemplo.  Nessa linguagem amena, ele explica temas como Dificuldades do Retorno, A Melhora da Morte, a Morte de Crianças, Velório Ideal, Cremação, Transplantes, temas dessa ordem, tudo com muito tato e muito conhecimento da matéria que apresenta. Assim, deixo com vocês


FLORES DA SAUDADE

           Se pretendemos cultuar a memória de familiares queridos, transferidos para o Além, elejamos o local ideal: nossa casa.
          Usemos muitas flores para enfeitar a Vida, no aconchego do lar, nunca para exaltar a morte, na frieza do cemitério.
          Eles preferirão, invariavelmente, receber nossa mensagem de carinho, pelo correio da saudade, sem selagem fúnebre.
          É bom sentir saudade. Significa que há amor em nossos corações, o sentimento supremo que empresta significado e objetivo à existência.
          Quando amamos de verdade, com aquele afeto puro e despojado, que tem nas mães o exemplo maior, sentimo-nos fortes e resolutos, dispostos a enfrentar o Mundo.
          E  talvez Deus tenha inventado a ilusão da morte para que superemos a tendência milenar de aprisionar o amor em círculos fechados de egoísmo familiar, ensinando-nos a cultivá-lo em plenitude, no esforço da frternidade, do trabalho em favor do semelhante, que nos conduz às realizações mais nobres.
          Não permitamos, assim, que a saudade se converta em motivo de angústia e opressão. Usemos os filtros da confiança e da fé, dulcificando-a com a compreensão de que as ligações afetivas não se encerram na sepultura. O Amor, essência da Vida, estende-se, indestrutível, às moradas do infinito, ponte sublime que sustenta, indelével, a comunhão entre a Terra e o Céu.
          Há, pois, dois motivos para não cultivarmos a tristeza:
          Sentimos saudade - não estamos mortos...
          Nossos amados não estão mortos -  sentem saudade...
E se formos capazes de orar, contritos e serenos, nesses momentos de evocação, orvalhando as flores da saudade com a bênção da esperança, sentiremos a presença deles entre nós, envolvendo suavemente nossos corações com cariciosos perfumes de alegria e paz.


Quanto ao estudo de Nosso Lar, temos pra hoje:


Capítulo 19 – A Jovem desencarnada
1 – Pessoa doente não deve fazer parte da mesa de refeições.
2 – A maioria dos desencarnados passa pelo Umbral na fase de torpor.
3 – No além, familiares acolhem parentes desencarnados em seus lares.
4 – As religiões não preparam as pessoas para a morte.
5 – Despreparo para lidar com os laços afetivos.

Capítulo 20 – Noções de lar
1 – Habitantes do Nosso Lar alçam a plano mais alto ou reencarnam.
2 – Lar terrestre está em construção; evoluirá com o desaparecimento do egoísmo.
3 – Lar: linha vertical e horizontal em ângulo de 90 graus.
4 – Analisar as causas de desencontros.
5 – E as de encontros: mais camaradagem e gosto de conversar.
6 – Atribuições da mulher em Nosso Lar: 48 horas semanais de trabalho.
7 – Importância da função maternal.

Capítulo 21 – Continuando a palestra
1 – Bônus-hora: dinheiro que tem por base horas de trabalho.
2 – Cada família pode adquirir uma casa, cujo valor é de 30 mil bônus-hora.
3 – Patrimônio comum e particular na organização da cidade.
4 – Dona Laura não passou pelo Umbral, Tereza ficará algumas horas e Heloisa demorou 15 dias.
5 – O trabalho livra de muitas tentações; sacrifícios suportados elevam a alma.
6 – Recordar o passado exige equilíbrio.
7 – A ação técnica e leituras de arquivo levam a recordações do passado.

Que saibamos aproveitar as boas sugestões que nos chegam e possamos realizar, através delas, a nossa renovação íntima.

(As imagens foram fornecidas pela internet)

8 comentários:

Anônimo disse...

Ricdhard Simotti dispensa comentários. Já li vários livros dele. Conheci-o pessoalmente quando esteve em Maceió.
Estou eufórico. Sou tri bisavô, Nasceu hoje em Leeds (Inglaterra)Pedrp, filho do Cadu. O avô Claudinho chourou como criança.
E ainda chamam-me de chorão.
Nem sei mais o que estou escrevendo. Estou nas núvens.
Felinto Elízio

Meg disse...

Belíssimo o texto, querido Magaly.
Sabe que ele me liberou para cultuar meus queridos.
Inclusive, o meu Pai, de quem me lembro sempre no tempo presente. Nunca falo nele empregando o verbo no tempo pretérito. Ele é tudo para mim, e será sempre.
Um beijo
=-=-=
E, claro, mando meu votos de felicidades imensas para o recém-chegado Pedro.
Parabéns, caríssimo Felinto Elízio.
Tri-bisavô! isso que é título:-)))
Abração, querido Amigo.
Meg

Old Mag disse...

Lindo! Maravilhoso! Só não tem cara de avô, de jeito nenhum.Um abração pra ele, cheio de alegria. E para você e Magá. Impossível pegá-los, já desisti de competir. os filhos de vocês viram avós na faixa dos quarenta e poucos anos! Assim, não dá. Deve ser o sol e o sal de Maceió!!!!
Continue nas nuvens, é lindo, é maravilhoso!

Old Mag disse...

Meggy, que bom que gostou do texto. Eu adoro os livrinhos de Simonetti, fáceis de entender, explicativos, mansos, doces mesmo. E se liberou você de alguma forma, que bom! Eu não poderia ficar mais satisfeita.
Viu a felicidade de meu irmão, não é?! O Cadu é filho do caçula de Felinto (Cláudio Elisio, médico) e fera em computação, diplomado por aquela universidade de referência da Paraíba, onde pontificou. Está há dois anos fazendo um curso de 4 anos na Inglaterra.
Beijos pra você

Meg disse...

Magaly, só hoje, agora, pude voltar aqui, para dizer o quanto admiro o saber da Dra. Marlene Nobre. Deve ser e ter uma vida de dedicação à nobre causa do saber e do servir a quem, como nós, na minha posição, necessitam ser orientadas. Ela é uma inspiração.
E louvável é a sua intermediação.
Um cumprimento sincero a ela.
bjs

Old Mag disse...

Voltou, Meg ,fico tão bem vendo-a aqui sempre! Corro o risco de ficar viciada com a constância, o que me deixaria nas nuvens.
Felinto não deve ter voltado aqui, Vou falar-lhe do recado que vc deixou pra ele. Um beijo cor de rosa

Felinto Elízio disse...

Meg e Mana,
Recebi os cumprimentos e os votos de felicidades para o Pedro.
Sensibilizado agradeço.
Uma "besta quadrada e super emotiva" como eu se derrete com qualquer manifestação de carinho.
O avô Claudinho sofreu uma síndrome da pedrada na panturrilha direita (tal pai, tal filho). Suspendeu a viagem a Leeds para conhecer o neto.Está desolado. Vou juntar dinheiro para ir antes dele.
Felinto Elízio

Old Mag disse...

Ih! Terminei não dando o recado a Felinto, Meg, e ele apareceu assim mesmo. Agora vou ver se dou conta de
avisá-la de que ele lhe respondeu.

Mano, estou ficando meio lelé e não entendi o que vc disse. Que história é essa de pedrada na batata da perna?Ele adoeceu? Desolado por quê?